sexta-feira, 27 de abril de 2012

O papel do indivíduo na sociedade
     Atualmente o papel do indivíduo na sociedade é de construir um futuro bom para seus filhos, netos etc. Se eles não preservarem a natureza e se continuarem destruindo tudo que eles vêm pela frente eles vão acabar destruindo também o futuro das pessoas que estão por vir.
     Com a tecnologia atual pode-se dizer que as pessoas estão mais afastadas fisicamente, mas mais próximas umas das outras virtualmente. Na atualidade pode-se conhecer pessoas de outros países e até mesmo viajar sem sair de cada, fazendo isto através da internet que possibilita isto tudo para nos.

Vizinhos e internautas
                Rio de Janeiro – Estudioso do comportamento humano na vida moderna constatam que um dos males de nossa época é a incomunicabilidade das pessoas. Já foi o tempo em que, mesmo nas grandes cidades, nos bairros residenciais, ao cair da tarde era costume os vizinhos se darem boa-noite, levarem as cadeiras de vime para as calçadas e ficar falando da vida, da própria e da dos outros.
                A densidade demográfica, os apartamentos, a violência urbana, o rádio e mais tarde a TV ilharam cada indivíduo no casulo doméstico. Mora há 18 anos num prédio da Lagoa; tirante os raros e inevitáveis cumprimentos de praxe no elevador ou na garagem, não falo com eles nem eles comigo. Não sou exceção. Nesse lamentável departamento, sou regra.
                Daí que não entendo a pressão que volta e meia me fazem para navegar na Internet. Um dos argumentos que me dão é que posso falar com pessoas na Indonésia, saber como vão as colheitas de arroz na china e como estão os melões na Espanha.
                Uma de minhas filhas vangloria-se de ser uma internauta. Tem amigos na Pensilvânia e arranjou um admirador em Dublin, terra do Joyce, do Bernard Shaw e do Oscar Wilde. Para convencê-la de seus méritos, ele mandou uma foto em cor que foi impressa em alta resolução. É um jovem simpático, de bigode, cara honesta. Pode ser que tenha mandado a foto de um outro.
                Lembro a correspondência sentimental das velhas revistas de antanho. Havia sempre a promessa: “Troco fotos na primeira carta”. Nunca ouvi dizer que uma dessas trocas tenha tido resultado aproveitável. Para vencer a incomunicabilidade, acredito que o internauta deva primeiro aprender a se comunicar com o vizinho de porta, de prédio, de rua. Passamos uns pelos outros com o desdém de nosso silêncio, de nossa cara amarrada. Os suicidas se realizam porque, na hora do desespero, falta o vizinho que lhe deseje sinceramente uma boa noite.
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Cony, Carlos Heitor. Vizinhos e internautas. Folha de S.Paulo, 26 jun. 1997. Opinião, p. A2.

sábado, 21 de abril de 2012

O Homem e a sociedade atual


  O homem é o único ser capaz de cultura e, na busca incessante do conhecimento, acaba esbarrando na questão sobre si mesmo, sendo um ser que questiona o próprio ser.
Entretanto, partindo de si, inicia vários questionamentos sobre tudo o que o cerca, passando, também, a investigar as relações fundamentais que regem o universo, bem como os fenômenos comportamentais. Assim sendo, o foco aqui é perceber o homem como uma unidade (corpo, mente e espírito), imerso numa sociedade que prima pelo conhecimento.
        É esse homem, indivíduo, sujeito e sociedade, que deve estar no centro de todas as atividades. Para ele e para o seu bem-estar devem convergir todos os esforços, quer sejam morais, éticos, culturais, científicos. Assim, enquanto a humanidade caminha para o desconhecido, os conhecimentos já adquiridos vão sendo re-adaptados para a consecução de novos processos e serviços.
        O homem sempre se pautou pela busca incessante do conhecimento. A humanidade já conviveu e convive com tecnologias intuitivas ou dedutivas. Desde a descoberta do fogo até a atualidade, a imaginação é a base de toda transformação. Foi assim, numa miscelânea de tecnologia científica e preocupação com a curiosidade, que a humanidade pôde galgar etapas de aprimoramento de sua espécie.
        Mas, enquanto alguns afirmam que o conhecimento é apenas informação, no mundo atual esse conceito parece um tanto quanto obsoleto e vazio de significado prático. A concepção do que venha a ser conhecimento ultrapassa, e muito, o mero mundo da informação ou da obtenção de dados. Então, deve envolver um misto de informação teórica e experiência condensada que possam abrir perspectivas de transformação do mundo à volta daquele que se coloca no afã de conhecer.
        Assim sendo, não basta ter um cabedal de informações pululando no cérebro para se dizer que alguém adquiriu conhecimento. Faz-se necessário a ação dirigida para fins biófilos, e não necrófilos, que envolvem a vida humana. Esta é a validade Ética do conhecimento que, aliás, difere, e muito, da validade moral do conhecimento.
        Ora, a validade moral está diretamente relacionada à norma e, por conseguinte, à punição para aquele que burlar e transgredir o que está previamente estabelecido como lei. Portanto, é implacável. Por exemplo: é proibido matar o seu semelhante. Matou, recebeu punição, sem qualquer preocupação com o aspecto da consciência.
        Já a validade Ética relaciona-se de forma direta com o aconselhamento, com a consciência do que se faz e do que se diz. Dessa forma, diríamos: não é bom que prejudique o seu semelhante. Ou, como Jesus, “Amai-vos uns aos outros como eu vos
amei”. Assim foi lançada a base para o pressuposto da Ética.
        Mas num mundo tão conturbado, numa sociedade tão embrenhada em valores mesquinhos, ou des-valores, como o consumismo, a violência, o aborto, a busca por levar vantagem em tudo, a desonestidade; enfim, a não-vida, como agir de forma
transformadora.
        O grande pensador brasileiro do século passado, de forma clara, concisa e sutil já aponta para uma resposta viável. A Educação. Segundo Paulo Reglus Freire, “se a Educação de per si não vai resolver os problemas do Brasil, nenhum problema
brasileiro será resolvido sem a Educação”.
        Dessa forma, o homem na sociedade atual deve estar à cata do saber, à cata do conhecimento, à cata de uma educação permanente. Somente dessa forma estar-se-ia caminhando no sentido de validar uma cultura comprometida com os valores da vida.
Evitando-se, dessa forma, que brote no meio da juventude ervas daninhas (tiriricas) que impedem o desabrochar de árvores frondosas, com frutos sadios e árvores repletas dos conjuntos de validade Ética.

Fonte: www.alvi.com.br
Escrito por: Geraldo Dias

sexta-feira, 20 de abril de 2012

O psicólogo Marcos Bersam fala do papel do homem na sociedade atual, destacando as mudanças ocorridas com a conquista e espaço pela mulher e a importância do auxílio do homem nos afazeres domésticos.
Entrevista concedida à filial da Rede Globo, a TV Panorama, de Juiz de Fora-MG.