sábado, 21 de abril de 2012

O Homem e a sociedade atual


  O homem é o único ser capaz de cultura e, na busca incessante do conhecimento, acaba esbarrando na questão sobre si mesmo, sendo um ser que questiona o próprio ser.
Entretanto, partindo de si, inicia vários questionamentos sobre tudo o que o cerca, passando, também, a investigar as relações fundamentais que regem o universo, bem como os fenômenos comportamentais. Assim sendo, o foco aqui é perceber o homem como uma unidade (corpo, mente e espírito), imerso numa sociedade que prima pelo conhecimento.
        É esse homem, indivíduo, sujeito e sociedade, que deve estar no centro de todas as atividades. Para ele e para o seu bem-estar devem convergir todos os esforços, quer sejam morais, éticos, culturais, científicos. Assim, enquanto a humanidade caminha para o desconhecido, os conhecimentos já adquiridos vão sendo re-adaptados para a consecução de novos processos e serviços.
        O homem sempre se pautou pela busca incessante do conhecimento. A humanidade já conviveu e convive com tecnologias intuitivas ou dedutivas. Desde a descoberta do fogo até a atualidade, a imaginação é a base de toda transformação. Foi assim, numa miscelânea de tecnologia científica e preocupação com a curiosidade, que a humanidade pôde galgar etapas de aprimoramento de sua espécie.
        Mas, enquanto alguns afirmam que o conhecimento é apenas informação, no mundo atual esse conceito parece um tanto quanto obsoleto e vazio de significado prático. A concepção do que venha a ser conhecimento ultrapassa, e muito, o mero mundo da informação ou da obtenção de dados. Então, deve envolver um misto de informação teórica e experiência condensada que possam abrir perspectivas de transformação do mundo à volta daquele que se coloca no afã de conhecer.
        Assim sendo, não basta ter um cabedal de informações pululando no cérebro para se dizer que alguém adquiriu conhecimento. Faz-se necessário a ação dirigida para fins biófilos, e não necrófilos, que envolvem a vida humana. Esta é a validade Ética do conhecimento que, aliás, difere, e muito, da validade moral do conhecimento.
        Ora, a validade moral está diretamente relacionada à norma e, por conseguinte, à punição para aquele que burlar e transgredir o que está previamente estabelecido como lei. Portanto, é implacável. Por exemplo: é proibido matar o seu semelhante. Matou, recebeu punição, sem qualquer preocupação com o aspecto da consciência.
        Já a validade Ética relaciona-se de forma direta com o aconselhamento, com a consciência do que se faz e do que se diz. Dessa forma, diríamos: não é bom que prejudique o seu semelhante. Ou, como Jesus, “Amai-vos uns aos outros como eu vos
amei”. Assim foi lançada a base para o pressuposto da Ética.
        Mas num mundo tão conturbado, numa sociedade tão embrenhada em valores mesquinhos, ou des-valores, como o consumismo, a violência, o aborto, a busca por levar vantagem em tudo, a desonestidade; enfim, a não-vida, como agir de forma
transformadora.
        O grande pensador brasileiro do século passado, de forma clara, concisa e sutil já aponta para uma resposta viável. A Educação. Segundo Paulo Reglus Freire, “se a Educação de per si não vai resolver os problemas do Brasil, nenhum problema
brasileiro será resolvido sem a Educação”.
        Dessa forma, o homem na sociedade atual deve estar à cata do saber, à cata do conhecimento, à cata de uma educação permanente. Somente dessa forma estar-se-ia caminhando no sentido de validar uma cultura comprometida com os valores da vida.
Evitando-se, dessa forma, que brote no meio da juventude ervas daninhas (tiriricas) que impedem o desabrochar de árvores frondosas, com frutos sadios e árvores repletas dos conjuntos de validade Ética.

Fonte: www.alvi.com.br
Escrito por: Geraldo Dias

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